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Campanha Salarial: Metalúrgicos da CUT aprovam greves nas empresas dos Grupos 3, 10, Estamparia e Fundição

07/10/2015

Já nos setores dos grupos 2 e 8, nas assembleias do ABC, Sorocaba, Itu e São Carlos aprovaram reajuste de 9,88%. Os demais sindicatos estão realizando assembleias

Por: Viviane Barbosa, Assessora de Imprensa da FEM-CUT/SP - Publicação: 05/10/2015 às 15:40 Atualização: 05/10/2015 às 16:00

Assembleia Geral dos Metalúrgicos de Sorocaba que aprovou de forma unânime as propostas dos grupos 2 e 8 - foto: Foguinho/Smetal

Em defesa da reposição integral da inflação no período da data-base, 1º de setembro (9,88%), da renovação e ampliação de direitos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), os metalúrgicos na base da FEM-CUT/SP organizarão protestos e paralisações nesta semana.

Esse encaminhamento foi aprovado em assembleias realizadas nas bases do ABC paulista, Sorocaba, Itu e São Carlos, no último fim de semana. Os demais sindicatos também estão realizando assembleias nas bases. As paralisações poderão atingir aproximadamente 90 mil trabalhadores.

Até o momento, as paralisações acontecerão nas fábricas dos setores patronais que não ofereceram os 9,88% de reajuste, são eles: Grupo 3, Estamparia, G10 e Fundição. “A partir de hoje, estamos entregando os avisos de greve para as empresas”, informa o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Itu, Dorival Jesus do Nascimento.

Para o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Secretário Geral da FEM-CUT/SP, Adilson Faustino, o Carpinha, a greve será intensificada até que esses setores patronais melhorem o reajuste. “Abaixo do INPC, não aceitaremos”, enfatiza.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Secretário de Formação da FEM-CUT/SP, Erick Silva, destaca que as mobilizações têm o objetivo de garantir as Convenções Coletivas de Trabalho para toda a base.

Não terá greve

Já nos setores dos Grupos 2 (máquinas e eletrônicos) e 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros)  não terão paralisações, em razão que essas bancadas patronais atenderam a reivindicação.

A proposta repõe a inflação dos últimos 12 meses nos salários e algumas faixas salariais será efetuada em duas parcelas, sendo:  7,88% retroativo a 1º de setembro e mais 2% a partir de 1º de fevereiro, além da aplicação do índice total sobre o 13º salário e as férias.

No caso do G2, o teto para aplicação do reajuste é de R$ 7.426,45. Para quem recebe acima do teto, o reajuste terá valor fixo de R$ 585,20.

Formato

O  presidente da FEM-CUT/SP, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão,  informa que a Federação só fechará acordo que for aprovado em assembleia dos trabalhadores. “Inferior ao INPC é greve. O formato é estratégia de cada sindicato, que poderá decretar paralisação de 24h, parcial ou operação tartaruga nas fábricas”, explica Luizão.


Propostas rejeitadas pela FEM
Grupo 3 (autopeças, forjaria e parafusos)
7% e 8% de forma escalonada e ainda parcelado em duas vezes

Estamparia
8%, também parcelado (setembro e fevereiro)

Fundição
8% aplicado em 1º de setembro

Grupo 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros)
INPC em duas vezes e não contempla  as férias e nem o 13º salário.

OBS.: Estes setores patronais também não concluíram o debate da pauta social da FEM-CUT/SP --  principal destaque na pauta de reivindicações neste ano.

Mais informações da Campanha Salarial da FEM-CUT/SP

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