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Reclamações por falta de água sobe 49% em São Paulo

09/09/2015

Em nota, a Sabesp classificou como “previsível” o aumento das reclamações

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Publicação: 09/09/2015

Entre janeiro e julho deste ano, o número de reclamações por falta de água na capital paulista aumentou 49% em relação ao mesmo período de 2014, chegando à marca de 153,8 mil protestos encaminhados à Sabesp. A pior situação é a de São Mateus, na zona leste, que teve aumento de 238% nas reclamações, indo de 1.405 no primeiro semestre do ano passado, para 4.750 em 2015. Os dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação pelo site Fiquem Sabendo e revela que a chamada redução de pressão vem afetando cada vez mais pessoas na cidade.

As regiões da Sé, no centro, e do Ipiranga, zona sudeste, também tiveram aumento de reclamações por falta de água superiores a 200%, na comparação do primeiro semestre de 2014 com o mesmo período de 2015. Na primeira foram registradas 2.375 queixas, em 2014, e 7.792 este ano. Na última, 1.935 no ano passado e 5.834 este ano. As regiões, nesse caso, correspondem a área de distribuição de água da Sabesp, com 15 distritos, e não ao limite geográfico das 32 subprefeituras.

Porém, mesmo áreas consideradas nobres, como Jardins e Vila Mariana, na zona sul, tiveram aumento significativo nas denúncias de falta de água. Foram 2.965 reclamações nos Jardins, no ano passado, e 6.469 este ano. Na Vila Mariana houve 5.665 nos seis primeiros meses de 2015, contra 2.626 em 2014. Também duplicaram as queixas na Freguesia do Ó (noroeste), no Butantã (oeste).

O maior número de reclamações por conta das torneiras secas foi em Santana, na zona norte: 18.013. Em nota, a Sabesp classificou como “previsível” o aumento das reclamações. “Com a redução da produção de água de 27% desde o início da crise hídrica, era previsível que o número de reclamações aumentasse no período. Nos meses de janeiro e fevereiro/2014, a produção de água se mantinha acima dos 71 m³/s e as ações para combater o desperdício ainda não tinham sido implantadas. Em julho/15, a produção caiu para 51,8 m³/s.”

Em agosto, as precipitações ficaram 15% abaixo da média. Se o pior cenário prevalecer, com chuvas 25% abaixo da média, os reservatórios entrarão em outubro com 10,3%, o pior índice da história para o mês.

Da RBA

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