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"Professores de SP vivem violência do descaso de Alckmin", diz Vannuchi

07/05/2015

 

Comentarista político chama a atenção para mais solidariedade dos movimentos sociais a essa mobilização

foto: Instituto Lula 
 

Publicado em: 05/05/2015

O analista político Paulo Vannuchi destaca nesta terça-feira (5), em seu comentário na Rádio Brasil Atual, o fato de a greve dos professores de São Paulo, diferente do que ocorre no Paraná, não enfrentar neste momento a violência policial, mas sim a violência do descaso, a violência da desconsideração do governo Geraldo Alckmin (PSDB), para quem a paralisação não tem o menor sentido. Vannuchi ressalta o fato de o governador continuar blindado pela mídia. "E eu questiono se a paralisação não tem sentido mesmo."


Vannuchi chama a atenção para a necessidade de mais solidariedade dos movimentos sociais a essa mobilização, cuja programação prevê amanhã (6), na Praça da República, um churrasco de chuchu, em frente à Secretaria da Educação. Na quinta-feira, haverá audiência de conciliação no Tribunal de Justiça, e, na sexta-feira, às 14h, assembleia no vão livre do Masp.

A luta da categoria, em greve há 51 dias, é por 75% de aumento, para equiparar os salários com outras profissões de nível superior. Para Vannuchi, um governo democrático deveria, em primeiro lugar, reconhecer as distorções e corrigi-las. Lembra que os professores ganham R$ 4.400 por jornada de 40 horas enquanto um sargento ou um agente penitenciário ganham R$ 4.500. "Não pode, com todo o respeito que merece um agente penitenciário. Um enfermeiro ganha R$ 5 mil, R$ 600 a mais que um professor por 40 horas. Também não pode. Não se trata de dizer que o enfermeiro ganha muito. Se trata de dizer que o professor ganha pouco. Um sargento da PM ganha R$ 5.700. Não tem cabimento. Não estou contra os salários dos sargentos da PM."

Vannuchi observa que os direitos humanos defendem uma polícia que respeite a lei, que não mate, não torture. Uma polícia que não ataque os movimentos sociais, que seja bem remunerada, protegida, bem formada. "Se Alckmin fosse um governante democrático poderia chamar para negociar desde o primeiro dia e dizer: 'Professores, vocês querem 75% de aumento. Reconheço que não tenho como dar isso, em um contexto de crise econômica. Posso oferecer, por exemplo, a metade disso. Ou, vamos parcelar em três anos essa recuperação salarial'. Mas não, é só truculência".

Ele faz um alerta ao governador: "Essa truculência pode virar, transbordar, ser a gota d’água. Há uma insatisfação geral na sociedade. É um engano achar que isso é contra a Dilma e o PT apenas. É contra o sistema político como um todo. Olhem para o lado e vejam o Paraná".

A Apeoesp (sindicato da categoria) mantém a mobilização. Fez na véspera do 1º de Maio, manifestação com 50 mil grevistas. "Ora, vamos dizer e assumir que esse número possa estar inflado, mas vamos comparar com os números de Alckmin. Ele diz que tem 7% dos professores fazendo greve. São 230 mil professores no estado, em 5 mil escolas. Se 7% deles estivessem no vão livre do Masp na semana passada, seriam 16 mil. Eu estive, mais de uma vez nas assembleias da Apeoesp no Masp e tem muito mais gente do que isso. É uma cabal mentira dizer que a greve atinge apenas 7%."

 

Da Rede Brasil Atual

 

Agência FEM-CUT/SP
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