Em entrevista ao Portal da FEM-CUT/SP, Paulo Cayres, destaca as prioridades da nova Direção da CNM/CUT
Foto: Roberto Parizotti/CUT
A luta contra o nefasto Projeto de Lei 4330, que precariza as relações de trabalho, porque coloca o intermediário para gerir a mão de obra das empresas, retirando direitos e diminuindo salários, e pela democracia e contra qualquer tentativa de golpe foram os principais temas que marcaram o 9º Congresso da CNM/CUT, realizado na semana passada, em Guarulhos. 500 dirigentes metalúrgicos e metalúrgicas de todo o Brasil e de mais 20 representantes de cinco continentes participaram do Congresso.
O Portal FEM-CUT/SP conversou no encerramento do 9º Congresso, ocorrido na sexta-feira (17), com o reeleito presidente da Confederação, Paulo Cayres, mais conhecido como Paulão, que destacou as prioridades da nova Direção nos próximos quatro anos. Confira:
Portal FEM-CUT/SP: Quais serão as prioridades da CNM/CUT neste novo mandato?
Paulo Cayres: No primeiro mandato, avançamos na construção das Secretarias da Juventude e da Igualdade Racial que avançaram muito, produzindo novos quadros e novas lutas. Na questão das mulheres, também avançamos, cumprimos a cota, colocamos um 1/3 de mulheres na nossa executiva. Também avançamos na questão da indústria. No Congresso, tivemos a presença de mais de 40 presidentes de sindicatos metalúrgicos de todo o Brasil e construímos uma pauta para o Contrato Coletivo Nacional. Entre as reivindicações estão a redução da jornada,de 44h para 40h, sem redução nos salários e o fim do fator previdenciário, entre outras importantes, que apresentaremos ao governo e aos patrões. Outro momento marcante no nosso Congresso foi a luta contra o nefasto PL 4330 e contra qualquer tentativa de golpe e respeito à democracia. Todos os nossos dirigentes participaram de um protesto contra o PL 4330 que deu o tom de como será o nosso mandato: luta, luta e mais luta.
Portal FEM-CUT/SP: A FEM-CUT/SP iniciará os preparativos da Campanha Salarial. Como será o termômetro neste ano?
Paulão: A Campanha será difícil, em razão que alguns setores estão enfrentando dificuldades, com crise e demissões. Mas mesmo diante de momentos difíceis, os trabalhadores devem ser ressarcidos das suas perdas salariais. A inflação não ressarci o trabalhador, só repõe as perdas tardiamente, depois de um ano. Portanto, a FEM-CUT/SP, pela importância que ela representa para os trabalhadores sendo uma referência, deve continuar a luta, mesmo sabendo que será difícil, deve exigir o aumento real de salário.
Portal FEM-CUT/SP: Foram aprovadas resoluções importantes, o que você destaque como novidades?
Paulão: O Coletivo LGBT é inédito. Aprovamos porque defendemos o pluralismo da CUT. Assim como jogamos peso na questão Racial, jogaremos peso na luta LGBT. Não vamos tolerar homofobia e é necessário romper a intolerância. Também criamos o Coletivo de Relações Internacionais e teremos uma participação mais atuante nas Federações.
Portal FEM-CUT/SP: O que espera da CNM/CUT em 2019?
Paulão: Que ela esteja muito melhor do que ela esta hoje com mais mulheres, negros, jovens e com companheiros (as) com a sua opção sexual. Isso significa inclusão plena de todos. Também tem a construção do Contrato Coletivo Nacional, essa luta nós vamos persistir sempre.
Viviane Barbosa, da Redação FEM-CUT/SP
Agência FEM-CUT/SP
Redação:[email protected]–[email protected]
Editora: Viviane Barbosa - Mtb 28121
Siga-nos: www.twitter.com/femcut