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ABC: “Não vamos aceitar essa demissão em massa na Volks”, afirma Wagnão09/01/2015 A FEM-CUT/SP manifesta apoio à luta dos companheiros na fábrica Wagner Santana, o Wagnão, secretário-geral do Sindicato, durante assembleia (Foto: Adonis Guerra) Todos os 13 mil trabalhadores na Volks, em São Bernardo, aprovaram durante assembleia realizada nesta terça (6), greve por tempo indeterminado em protesto contra a decisão de demitir 800 companheiros. A informação é do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Os trabalhadores souberam de sua demissão por meio de telegrama que falava para não retornarem aos seus postos de trabalho após o fim das férias coletivas, que aconteceu hoje. A correspondência começou a ser enviada pela empresa dia 30 de dezembro e já chegou a 800 funcionários. Além deles, a ameaça de demissão existe para outros 1300 trabalhadores, já que a Volks anunciou publicamente sua avaliação de que existem 2.100 excedentes na fábrica do ABC. “Não podemos aceitar esta demissão em massa”, afirmou o secretário-geral do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão durante a assembleia pela manhã. Segundo Wagnão, em junho de 2014, representantes da montadora procuraram o Sindicato para relatar que não tinham como manter o acordo. Assim as negociações de uma nova proposta foram iniciadas. “Precisamos reequilibrar as relações entre capital e trabalho e isso só será feito de forma coletiva e solidária”, completou o secretário-geral do Sindicato. Demissão não é a saída O presidente do Sindicato, Rafael Marques, também afirmou durante a assembleia que a demissão de um trabalhador não pode ser a saída para enfrentar os problemas desta ou de outra empresa. “Precisamos de um mecanismo que seja uma vacina permanente para estas situações”, defendeu. “Esta proteção já existe em alguns países, que conseguiram com isso diminuir o impacto da crise europeia sobre suas economias, como é o caso da própria Alemanha, que abriga a matriz da Volks”, avaliou. “Essa política de proteção ao emprego evita que o trabalhador pague o preço pelas oscilações que são frequentes no mercado, se já existisse poderia ter sido utilizada no caso desta planta da Volks”, disse. Em torno de mil trabalhadores da Ala 17 (Engenharia) foram dispensados para retornarem às suas casas, onde devem permanecer até as próximas orientações do Sindicato. Apoio do governo e FEM-CUT/SP No final da tarde de terça, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, entrou em contato com o presidente, Rafael Marques e se colocou a disposição para ajudar nas negociações dos trabalhadores com a Volks. A direção da FEM-CUT/SP manifesta ampla apoio à luta dos companheiros e companheiras na VW. Informações do SMABC
Agência FEM-CUT/SP • Veja outras informações |
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